quinta-feira, 2 de setembro de 2010

A brusca Poesia da Mulher Amada

Quem colhe a tempestade?-a mulher amada
Quem determina os meridianos?-a mulher amada!
Quem a misteriosa portadora de si mesma? A mulher amada.
Talvegue, estrela, petardo
Nada a não ser a mulher amada necessariamente amada
Quando! E de outro modo não seja, pois é ela
A coluna e o gral, a fé e o símbolo, implícita
Na criação. Por isso, seja ela! A ela o canto e a oferenda
O gozo e o privilégio, a taça erguida e o sangue do poeta
Correndo pelas ruas e iluminando as perplexidades.
Eia, a mulher amada! Seja ela o princípio e o fim de todas as coisas.
Poder geral, completo, absoluto à mulher amada!




                                                   Autor: Vinicius de Moraes


Comentário


Nessa estrofe o poeta estar descrevendo e afirmando as características e as qualidades da mulher. Exaltando-a como dona de si própria, símbolo de várias gerações e mulher encantadora que balança o coração do seu amado.